Claúdia Fançony Videira e Chissengo Tchonhi são as mais recentes doutoradas do CISA, em Angola. As investigadoras defenderam as suas teses a distância, através do zoom, devido às restrições causadas pela pandemia.
Cláudia Fançony foi aluna de doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e a sua tese teve com o tema “Effectiveness of Nutrition and WASH/malaria educational community-based interventions in reducing anemia, malnutrition and micronutrient deficiencies in preschool children from Bengo, Angola.”
A anemia em crianças menores de 5 anos é considerada pela Organização Mundial de Saúde como um problema de saúde pública. De acordo com Cláudia Fançony, existem muito poucos dados sobre a prevalência de anemia, factores associados com a sua ocorrência e resultados sobre intervenções que visem a sua redução, tornando-se necessário sistematizar essa informação e torná-la pública para investigadores e decisores políticos. Especificamente sobre a área de estudo de Cláudia Fançony, não existem resultados publicados sobre intervenções educacionais em nutrição ou boas práticas de água, saneamento e higiene na redução de anemia nutricional em Angola, o que limita o desenho de estudos de investigação científica e o planeamento de políticas de controlo e prevenção da anemia, específicas para o contexto Angolano.
A tese de Chissengo Tchonhi, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, incidia sobre “Epidemiologia das hemoglobinopatias: variabilidade genética da hemoglobina e de enzimas eritrocitárias na província do Bengo”.
Em Angola, tal como em outros países com elevada prevalência de malária, as hemoglobinopatias são um problema de saúde pública e a Organização Mundial de Saúde aconselha que sejam criadas condições para o seguimento das crianças até aos cinco anos de idade.
As hemoglobinopatias são doenças genéticas, que afetam a hemoglobina. Esta doença causa elevada mortalidade em crianças até aos cinco anos de idade.
Sobre o projeto de Chissengo Tchonhi, no site da Fundação Gulbenkian