Cerca de 1000 crianças entre os 5 e os 14 anos do Caxito, Úcua e Mabubas, na província do Bengo, estão a participar num estudo de relação epidemiológica entre a prevalência de asma, atopia (alergia respiratória) e helmintose (parasitas intestinais). A província do Bengo é uma região angolana com elevada prevalência de infecção helmíntica e pretende-se estudar a relação entre esse tipo de infecção e a sua associação à atopia e asma.
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas caracterizada por episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou pela manhã. A maior parte dos casos de asma geralmente começam na infância ou adolescência, em indivíduos que reagem a aeroalergénos comuns e é mediada por mecanismos ligados a atopia. Os parasitas intestinais incluem um grande grupo de microrganismos, dos quais os protozoários e os helmintos são os mais representativos. A via fecal-oral é a principal forma de transmissão, a partir da água ou alimentos contaminados.
Os parasitas mais frequentes são os do grupo dos helmintos nemátodes, principalmente o Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Ancilostomas, sobretudo o Necator americanus e o Ancylostoma duodenale.
Vários factores ambientais têm sido descritos como factores de risco para a atopia e asma. As infecções, nomeadamente por geo-helmintos, têm recebido alguma atenção em termos de investigação.
Este estudo decorre até dia 3 de Novembro.